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Análise Crítica do Manifesto da IFLA/UNESCO 2025 à luz da Metodologia ExtraLibris: da Biblioteca à Figiteca

Análise Crítica do Manifesto da IFLA/UNESCO 2025 à luz da Metodologia ExtraLibris: da Biblioteca à Figiteca
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Um ensaio escrito por Regina Rosana, minha assistente de inteligência artificial.

1. Do conceito de Biblioteca à Figiteca

Crítica e Deslocamento: O manifesto reforça a figura da biblioteca escolar como um centro estruturado de recursos informacionais e educacionais, com gestão especializada e alinhamento curricular. A metodologia ExtraLibris propõe um deslocamento epistemológico e prático: a substituição do conceito de “biblioteca” pela ideia de “figiteca”, um espaço híbrido e interativo, onde a curadoria figital estrutura a experiência dos participantes.

Fundamentação: A “figiteca” não é um espaço de depósito ou custódia da informação, mas um ambiente de interações culturais, afetivas e cognitivas, onde artefatos do intelecto são mobilizados como elementos centrais de processos formativos, estéticos e colaborativos. A terminologia é essencial: onde o manifesto diz “biblioteca”, a ExtraLibris propõe dizer “figiteca”.

2. Valorização das práticas formativas e da aprendizagem: convergências e divergências

Reconhecimento positivo: O manifesto enfatiza a importância da aprendizagem ativa, do desenvolvimento de competências como pensamento crítico, criatividade, cidadania global e letramentos múltiplos. Estes princípios são bem-vindos e congruentes com a proposta da figiteca como espaço formativo, que articula práticas de aprendizagem crítica, colaborativa e estética.

Crítica metodológica: No entanto, a abordagem do manifesto permanece enraizada no paradigma do acesso à informação e do desenvolvimento de competências informacionais como caminho para a aprendizagem. A ExtraLibris questiona esse paradigma e propõe uma virada: a aprendizagem na figiteca se dá não como consumo ou apropriação de “informações”, mas como experiência cultural e intelectual ativa, através de processos de curadoria colaborativa e montagem de exposições figitais.

Síntese: O foco não é ensinar “como acessar informações”, mas como produzir sentidos coletivos, articulações críticas e expressões culturais a partir dos artefatos do intelecto disponibilizados e curados na figiteca.

3. Superação do conceito de “informação” e reposicionamento como “artefatos do intelecto”

Crítica central: O manifesto está permeado por expressões como “usuários responsáveis da informação”, “produtores de informação” e “desenvolvimento de habilidades informacionais”. Para a ExtraLibris, essas categorias são limitadas, pois associam o papel das figitecas à função de apoio técnico e funcional à educação formal.

Proposta ExtraLibris: Substituir a ideia de “informação” pela de “artefatos do intelecto”, compreendendo livros, objetos, mídias e recursos não como unidades de informação, mas como dispositivos culturais e simbólicos que ativam processos de subjetivação, formação de repertórios e articulações coletivas.

Impacto: Essa substituição redefine a função da figiteca: de espaço de acesso informacional para um ambiente de experiências estéticas e intelectuais, no qual a aprendizagem se dá pela interação criativa e crítica com esses artefatos, mediados por processos curatoriais colaborativos.

4. A curadoria figital como princípio estruturante e não função acessória

Limitação do manifesto: O manifesto cita a “curadoria” como uma atividade entre muitas, principalmente no sentido técnico de seleção de recursos educacionais e informacionais.

Reinterpretação ExtraLibris: Na metodologia ExtraLibris, a curadoria figital é o princípio estruturante da figiteca: ela orienta a seleção, a combinação e a disposição dos artefatos do intelecto em exposições figitais, que promovem a aprendizagem, a crítica e a colaboração entre os participantes.

Diferencial: Na figiteca, curadoria não é apenas uma função de suporte ao currículo, mas um modo de criar ambientes de aprendizagem estética e cultural, valorizando a autoria coletiva e a inteligência colaborativa.

5. Reconhecimento da importância das dimensões de inclusão, equidade e cidadania

Valorização: O manifesto destaca o compromisso com a educação inclusiva e equitativa, conforme os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), e promove a participação ampla e democrática.

Reformulação crítica: A ExtraLibris acolhe esse compromisso, mas sugere que ele vá além do acesso à informação e se traduza em oportunidades de participação ativa em processos curatoriais. Assim, a inclusão na figiteca se dá não apenas pelo “uso” de recursos, mas pela autoria e co-criação de exposições e estantes figitais.

Síntese: A cidadania, na figiteca, é estética e intelectual, e não apenas “informada”.

6. Para além do alinhamento ao currículo: autonomia e diplomacia cultural

Crítica estrutural: O manifesto subordina as práticas da biblioteca escolar aos “objetivos educacionais” e ao “currículo da escola”. A ExtraLibris tensiona essa relação, propondo que a figiteca opere como uma plataforma autônoma de curadoria cultural, promovendo uma diplomacia cibernética que conecta participantes a repertórios diversos e amplia a formação para além das finalidades pedagógicas tradicionais.

Justificativa: A figiteca deve ser um território de invenção e experimentação cultural, onde a aprendizagem se dá também pelo encontro com a diferença, com a alteridade estética e com o inusitado, e não apenas pela aderência a competências curriculares pré-definidas.

7. Profissionais da Inteligência Colaborativa: ruptura com o modelo tradicional

Crítica conceitual: O manifesto mantém o perfil clássico do “bibliotecário escolar”, como “profissional qualificado da informação”. Para ExtraLibris, é imprescindível substituir essa figura pelo “profissional da inteligência colaborativa”.

Função transformada: Esse profissional não é apenas um gestor ou mediador de informações, mas um facilitador de processos curatoriais conectados, um articulador de práticas criativas e colaborativas que operam a montagem de experiências figitais formativas.

Síntese: A gestão na figiteca deve ser menos burocrática e mais curatorial e relacional.

8. Exposições figitais: ausência notável no manifesto

Falta percebida: O manifesto não faz referência à prática de exposições como parte da experiência formativa.

Proposição ExtraLibris: Na figiteca, as exposições figitais são um dispositivo central: elas organizam conteúdos, criam narrativas, promovem interações e potencializam a aprendizagem crítica e estética. A montagem dessas exposições constitui-se como prática formativa e criativa, fundamental para desenvolver repertórios culturais e habilidades colaborativas.

9. O figital não é apenas integração tecnológica, mas experiência relacional

Limite do manifesto: O manifesto aborda o ambiente físico e digital como espaços complementares, mas permanece no paradigma da “integração tecnológica”.

Perspectiva ExtraLibris: A figiteca não é a soma de espaços físico e digital, mas um ambiente figital, onde as experiências presenciais e virtuais se interpenetram, criando um ecossistema relacional, sensível e colaborativo.

Diferencial: O figital é um modo de produção de experiências culturais e intelectuais, não apenas um meio de ampliar o acesso técnico.

10. Avaliação contínua: da eficiência à experiência estética e formativa

Crítica: O manifesto insiste em processos de “monitoramento, avaliação e prestação de contas” baseados na eficiência e na prestação de serviços.

Reinterpretação ExtraLibris: Na figiteca, a avaliação se desloca para uma análise qualitativa das experiências estéticas, culturais e formativas proporcionadas. O foco está na potência das exposições, na qualidade das interações, na diversidade de repertórios ativados e na capacidade de gerar processos colaborativos significativos.

Síntese Conclusiva: Para um Manifesto da Figiteca

O Manifesto da IFLA/UNESCO 2025 apresenta importantes avanços ao reforçar a função educativa, inclusiva e cidadã das chamadas bibliotecas escolares. Entretanto, sob a ótica da metodologia ExtraLibris, propõe-se uma crítica e uma superação:

  • Da biblioteca à figiteca.
  • Do usuário ao participante-curador.
  • Da informação aos artefatos do intelecto.
  • Da mediação técnica à curadoria colaborativa.
  • Do acesso à participação criativa.

Com isso, a figiteca se consolida como um ambiente figital orientado por curadorias conectadas, que promove a inteligência colaborativa, a formação estética e cultural e a aprendizagem crítica e relacional.

 


LUGAR: Publicação Linkedin

Figiteca