
EXTRALIBRIS: CURADORIA FIGITAL
O que é a Curadoria Colaborativa de Exposições Conectadas?
O entendimento da metodologia e plataforma ExtraLibris pode ser compreendido a partir de uma frase: curadoria colaborativa de exposições conectadas. Para entender essa proposta, precisamos olhar com atenção para cada uma dessas palavras e como elas se relacionam entre si.
CURADORIA. Neste contexto, não é apenas escolher livros ou objetos para colocar em uma estante. É um processo de cuidado, atenção e escuta. É organizar com sentido, não só o que está presente fisicamente, mas também o que pode emergir a partir da relação entre os itens, os participantes e o espaço. Curar é uma forma de contar histórias, levantar questões e provocar experiências — não de impor verdades prontas.
COLABORAÇÃO. As estantes são compostas, ativadas e transformadas por muitas mãos e mentes. Participantes, educadores, mediadores e tecnologias estão todos envolvidos nesse processo. Colaborar significa construir junto. Cada pessoa tem algo a dizer, a sugerir, a reorganizar. E isso vale também para as inteligências artificiais e os sistemas digitais que nos ajudam a perceber padrões, mapear interesses e sugerir novas combinações.
EXPOSIÇÕES. Pensamos as estantes – e não só estantes, como paineis, expositores, telas interativas – como exposições abertas e em movimento. Cada arranjo de livros, posters, objetos e elemento figitais cria uma narrativa, uma atmosfera, uma possibilidade de descoberta. Uma estante pode ser uma exposição sobre poesia indígena, outra sobre ciência e robótica, outra sobre brincadeiras e memórias afetivas. O importante é que elas sejam contextualizadas, vivas e conectadas com as pessoas que vão interagir com elas.
CONECTADAS. As conexões acontecem em vários níveis. As estantes podem estar fisicamente distribuídas em um espaço (como uma escola, um centro cultural ou uma praça), mas também podem estar digitalmente interligadas: compartilhando dados, sugerindo relações, ativando conteúdos extras por QR codes, telas ou aplicativos.
Além disso, usamos a palavra “conectadas” para lembrar que tudo está em relação: o físico e o digital, o humano e o artificial, o local e o global. Buscamos uma abordagem cibernética, que vê os sistemas como redes dinâmicas, capazes de aprender e se transformar com base nas interações.
Não estamos estabelecendo normas e impor padrões técnicos fechados orientados ao controle, mas para composição, que façam sentido também em ambientes sem acesso a computadores e a internet, ao mesmo tempo que todas as curadorias colaborativas possam ser conectadas à interfaces digitais.
Os projetos de arquitetura para as novas bibliotecas, também estão sendo idealizadas como participativas, e o futuro das bibliotecas será apresentado ao mundo por nós, brasileiros.