
Publicado no Linkedin março de 2025.
CHATGPT, O QUE É COSMOTÉCNICA?
A cosmotécnica é um conceito desenvolvido pelo filósofo chinês Yuk Hui, que propõe uma visão alternativa sobre a relação entre tecnologia e cultura. Ele argumenta que a tecnologia não deve ser vista apenas como um conjunto universal de ferramentas neutras, mas como algo profundamente enraizado nas cosmologias e modos de existência de diferentes sociedades.
Principais ideias da cosmotécnica:
1. Tecnologia como expressão cultural: Diferentes sociedades desenvolvem tecnologias de acordo com suas visões de mundo, valores e filosofias. A modernidade ocidental impôs um modelo técnico baseado na eficiência, controle e progresso linear, mas outras formas de tecnologia poderiam emergir a partir de diferentes cosmologias.
2. Pluralidade tecnológica: Ao contrário da ideia de que a modernização leva a uma uniformização tecnológica global, Yuk Hui propõe que há múltiplas cosmotécnicas, cada uma enraizada em tradições filosóficas, espirituais e culturais específicas.
3. Crítica ao universalismo tecnológico: A globalização impôs um modelo técnico ocidental como o único caminho possível, mas a cosmotécnica sugere que há alternativas que podem emergir a partir do pensamento não ocidental (por exemplo, o taoísmo na China, o animismo em culturas indígenas, ou até uma visão afrofuturista da tecnologia).
4. Reencantamento da tecnologia: Em vez de uma relação fria e instrumental com a técnica, a cosmotécnica sugere uma reapropriação da tecnologia de maneira ética e estética, respeitando os modos de vida locais e suas cosmologias.
Cosmotécnica e bibliotecas
No seu contexto da Curadoria Figital na ExtraLibris, a cosmotécnica pode ser um conceito interessante para pensar a biblioteca não apenas como um espaço de armazenamento de conhecimento, mas como um ecossistema tecnológico-cultural enraizado em uma visão particular de repertório cultural e inteligência colaborativa. Como você imagina aplicar a cosmotécnica na forma como a biblioteca organiza suas coleções e interage com seus participantes?
Nota: foi importante pedir para o chatgpt parar de oferecer respostas com frases prontas sobre bibliotecas adotando os termo ‘usuários’ e ‘informação’ que emergiram com a implementação de terminais de consulta para acesso aos catálogos com a mediação dos artefatos físicos.
Logo, o filosofia ExtraLibris parte do princípio de que se a virtualização resolveu o problema clássico da mediação técnica para eficiência do acesso, então, a relação com o ambiente presencial precisa ser ressignificada – por isso a necessidade de desenvolver uma tecnologia aberta a arquitetura da participação.